Tratamentos
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Fisioterapia
e terapia ocupacional
A
fisioterapia permite o fortalecimento dos músculos periarticulares, sem
aumentar os níveis de dor do paciente e sem provocar agravamento da doença.
Além disso é uma prática muito útil para a perda de peso de pacientes obesos
com o objectivo de diminuir o impacto do peso do corpo nas articulações e
consequentemente reduzir os factores de risco de doença cardiovascular,
desencadeados também pela artrite reumatóide.
A terapia
ocupacional aplica talas de repouso que possibilitarão o descanso das
articulações danificadas, uma vez que lhe providenciam um suporte anatómico e
funcional, tendo em vista a diminuição a inflamação, o inchaço e a dor. Estas
talas não podem ser utilizadas mais que 3 semanas porque perdem a sua
característica medicinal e provocam um aumento de rigidez das articulações.
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Aspirina ou
AINE’s
Os anti-inflamatórios não esteróides e a
aspirina tiveram e têm uma grande relevância na AR devido as suas capacidades
analgésicas e anti-inflamatórias: eles reduzem a duração da rigidez matinal,
diminuem o inchaço articular e baixam a sedimentação dos eritrócitos. Têm
poucos efeitos secundários e quase podem ser aplicados à totalidade dos
pacientes com AR.
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Glucocorticóides
A
descoberta dos Glucocorticóides, uma classe dos corticosteróides (no entanto muitas
vezes designados por apenas corticosteróides) foi um progresso marcante no
tratamento da AR. Os Glucocorticóides subdividem-se em Intra-articulares e
sistémicos, os primeiros são administrados directamente nas articulações, este
tipo só é eficaz quando poucas articulações são afectadas, e poupa os doentes
da exposição à toxicidade acrescida dos glucocorticóides administrados por via
oral, designados glucocorticóides sistémicos.
Estes têm um efeito anti-inflamatório mais
potente que o dos AINEs. Diminuem a mobilidade e actividade dos neutrófilos e
macrófagos e secreção de citocinas. Inibem a acção dos linfócitos (CD5+;
CD4+),assim como a sua capacidade de adesão a células endoteliais.
Alguns estudos ainda demonstraram que as melhoras das articulações consequentes
da utilização destes fármacos são detectáveis em radiografias.
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Anti-reumáticos modificadores da
doença (ARMD)
Os ARMD ou
mais conhecidos por DMAR’s (disease modifying antireumatic drugs) têm sido
largamente utilizados no tratamento da AR, sobretudo em casos de diagnóstico
precoce, tendo contribuído para um franco melhoramento da inflamação e
destruição óssea.
ü Metotrexato - suprime essencialmente o
metabolismo do ácido fólico, em adição inibe a neovascularização, a actividade
e aderência dos neutrófilos, a síntese de IL-1, IL-8 e TNF-α. é também considerado uma droga ancora porque
pode ser conjugado facilmente com outros ARMD’s.
ü Sulfassalazina - (ou
salazosulfapyridine) impede várias funções dos linfócitos e leucócitos.
ü Leflunamida – é uma droga imunossupressora, que
suprime a proliferação e activação dos linfócitos T, suprime o mediador para a
diferenciação dos osteoclastos (RANKL), suprime a produção de prostaglandina E2
e IL-6 e desencadeia a imuno-modelação
ü Hidroxicloroquina – o seu
mecanismo de acção não é muito claro, só se sabe que este fármaco entra nas
células alvo através de vesiculas, à medida que a sua concentração aumenta
induz um aumento do ph celular intervindo no processamento de proteínas
auto-antigénicas, envolvidas na AR.
ü Sais de ouro IM – podem
ser administrados via oral, estes demonstraram reduzir linfócitos T, macrófagos
e as suas as citocinas IL-1, IL-6 e TNF. Hipoteticamente, defende-se que os
sais de ouro servem como substrato para os osteoclastos permitindo assim que
haja reabsorção óssea. Uma vez interiorizados os sais de ouro são citotóxicos, inutilizando
as células que os ingeriram.
Cada
fármaco tem a sua toxicidade pelo que é necessária a educação do doente e
monitorização. Quando utilizados em conjunto apresentam maior toxicidade.
·
Terapia biológica
ü
Agentes
moduladores de TNFsão
eficazes para controlar a AR em muitos doentes e podem reduzir a taxa de
progressão para lesão articular radiográfica e diminuir a incapacidade de
movimentos. No entanto, apresentam possibilidade de infecção grave e
toxicidades únicas. O oposto do receptor de IL-1pode melhorar os sinais e
sintomas de AR.
ü
Rituximab- é um
anticorpo quimérico dirigido a CD20, que faz depleção das células B maduras,
foi aceite para pacientes com AR que não tiveram êxito na terapia anti-TFN.
ü
Abatacept
(CTLA4-Ig)- é um antigénio citotóxico humano dos linfócitos T e
impede a activação das células T, pode ser administrado com ou sem metotrexano
e, geralmente, destina-se a pessoas que não tiveram êxito na terapia anti-TFN
ou têm contra-indicações para ela.
Esta terapia só tem uma contrapartida,
o organismo dos pacientes pode desenvolver anticorpos contra os agentes
biológicos, impedindo que estes desempenhem o seu objectivo, o que torna a
terapia menos eficaz.
·
Cirurgia
Em
casos de artrite reumatóide a cirurgia mais comum é a da "mão
reumatóide". As cirurgias podem dividir-se em:
·
Profiláctica - Inclui a remoção de tecido sinovial inflamado
antes que a hiperopia sinovial comprima os ligamentos que circundam as
articulações ou invada os tendões ou destrua a cartilagem articular.
·
Terapêutica - Apenas é realizada quando já não é possível
aplicar a profiláctica.
Tratamentos
em desenvolvimento
·
Actualmente
não existem agentes biológicos que possam ser administrados via oral, mas estão
a emergir duas drogas que terão essa capacidade, o Tofacitinib e o
Fostamatinib, o primeiro é um inibidor com função específica que inibe algumas
kinases da família JAK, que tem um papel importante na indução da tradução da
citocina envolvida na AR. O segundo é um inibidor da Syk kinase, que é uma
kinase citoplasmática de tirosina que sinaliza e activa os receptores Fc gama
nos macrófagos, neutrófilos e nos mastócitos. E leva a regulação da regulação
de TFN-α, IL-6, contribuindo assim para a recuperação
da AR.
·
Alotransplante-
Os pacientes com AR são tratados como traumatológicos, que recebem
um alotransplante associado a medicação imunossupressora,para
assegurar que o enxerto sobrevirá. Os investigadores
defendem que tal método é viável uma vez que a medicação de tratamento nos dois
casos é muito semelhante, são utilizados em ambos drogas não esteróides,
corticosteróides, metotrexano e anticorpos monoclonais.
Áreas de investigação para novos fármacos
Áreas de investigação para novos fármacos
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